Da alma, sua tormenta
Que vem e te enfrenta
Por dor sedenta
Nesta guerra tão violenta.
No teu intimo, a dor não curada
A felicidade por anos sufocada
A verdade sob a terra enterrada
E uma vida inteira desperdiçada.
Dentro de tua mente
A loucura sempre presente
Te destrói lentamente
Enquanto a razão está ausente.
Você, eterno sofredor
Culpado por seu próprio terror
Descrente no amor
É por inteiro, rancor.
Lembra-se do tempo que passou
De todas as chances que desperdiçou
Do mal que causou
E das boas coisas que abdicou.
Teme a necessária mudança
Desiste da esperança
Ignora da vida a cobrança
Se protege em falsa segurança.
E assim o tempo se arrasta
O sofredor se maltrata
Aos poucos se quebra a realidade abstrata
E sua imensa solidão aos poucos o mata.
Autor(a): Ueina Clara M. Martinez