Eu olhei pela janela do seu quarto
Vi milhões de sonhos
Vi um mundo abstrato
Um horizonte perdido
E um rosto embranquecido
Eu vi a minha vida passar
E com ela minha juventude
Eu vi tua pele sangrar
Sob o céu em plenitude
E senti o ar lhe faltar
Da tua pequena janela,
ouço os pássaros a cantar
Esboço minha aquarela
E a tinta está a pingar
Me pergunto quem era ela
Talvez não haja o amanhã
E tudo se perca no silêncio
Talvez não haja o que temer
E isso seja um beneficio
Eu já não sei e prefiro não compreender
Autor(a): Ueina Clara M. Martinez