segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Renato II



O escuro que chegou
é da mesma cor que seus olhos castanhos..
E o sol que tinha ido já voltou
Desvendando seus caminhos tão estranhos
Teu legado é o que restou

Você diz que me entende
mas nunca quis saber...
Enquanto eu tento esconder
Esse meu medo
Essa angústia que não é segredo.

E eu sei, quase sem querer
Que os bons, jovens terão de morrer
Mas ainda terei você aqui
Meu coração tem sempre a porta aberta
A sua verdade é o que me liberta.


E na ânsia de agradar o teu ego
Deixo aqui meu amor e meu protesto
Descontente com o resto
Nos versos me apego
A maldade é o que detesto.

Enquanto buscamos a perfeição
O abrigo e a proteção
Parecemos não ter pra onde ir
E nem porque fugir
É tamanha suspeição.

Quem irá saber o que você pensou?
Ou o que você sentiu?
Quantas vezes chorou?
Ou quantas vezes mentiu?
Você nunca mais voltou...

Me diga:
Quem é o inimigo?
Quem é você?
Será que sou seu amigo, 
ou não sei o que ser?

E agora talvez você saiba
O gosto amargo que tem a morte
E agora talvez em ti caiba
Aquilo que lhe faça forte
A bússola aponta para o norte...

Vejo estátuas e paredes pintadas
Sinto os aromas adocicados
Escuto os sons da madrugada
Todos meus sentidos cobiçados
Me sinto enfim despreocupada...

Autor(a): Ueina Clara M. Martinez

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