segunda-feira, 14 de abril de 2014

Leal



Sei de todos seus erros,
de todos os seus pecado.
Mas, sei que na guerra
te estenderei o braço.
Resgatando seu corpo machucado,
das cinzas do fracasso.
Autor(a): Ueina Clara M. Martinez

sexta-feira, 28 de março de 2014

Afogamento


Água que bate no leito.
Atingindo a mim, o sujeito.
Neste tão bruto jeito
Afoga-me,
suprime o ar em meu peito.

Autor(a): Ueina Clara M. Martinez

Um minuto

   
Um minuto que chega enfim
Para pensar, talvez assim
Um minuto tão só quanto a mim
Apenas um minuto para o fim.

Autor(a): Ueina Clara M. Martinez

quinta-feira, 20 de março de 2014

O Sofredor


Da alma, sua tormenta
Que vem e te enfrenta
Por dor sedenta
Nesta guerra tão violenta.

No teu intimo, a dor não curada
A felicidade por anos sufocada
A verdade sob a terra enterrada
E uma vida inteira desperdiçada.

Dentro de tua mente
A loucura sempre presente
Te destrói lentamente
Enquanto a razão está ausente.

Você, eterno sofredor
Culpado por seu próprio terror
Descrente no amor
É por inteiro, rancor.

Lembra-se do tempo que passou
De todas as chances que desperdiçou
Do mal que causou
E das boas coisas que abdicou.

Teme a necessária mudança
Desiste da esperança
Ignora da vida a cobrança
Se protege em falsa segurança.

E assim o tempo se arrasta
O sofredor se maltrata
Aos poucos se quebra a realidade abstrata
E sua imensa solidão aos poucos o mata.

Autor(a): Ueina Clara M. Martinez




segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Diário XVII

"A vida é um espetáculo, só você decide se vai ser de drama, suspense, comédia ou romance..."

Autor(a): Ueina Clara Minga Martinez

sábado, 16 de novembro de 2013

A Partida


E quando a saudade falar por nós
Saiba, estarei a milhas de distância
e ao mesmo tempo ao lado do seu coração
Não estaremos a sós

E mesmo que distante eu fique
Ainda saberei distinguir a sua voz
E mesmo que o retorno não seja breve
Meu coração bate veloz

E quantas histórias guardei de lembrança
E quantas mais viverei
Não sou mais criança
Nesse novo mundo sobreviverei

Sou herói de minhas próprias histórias
Combatente do meu fracasso
Exitante à minha cólera
Sedento de seu abraço

E enquanto luto contra o tempo por mais uma hora
Ainda insistindo para não chorar
O ônibus na estação não demora
Preciso deixar o destino me guiar

Mais um pássaro aprendendo a voar
Abandonando seu ninho
Desejando o mundo inteiro conquistar
Ganhando suas conquistas sozinho

Até que faz falta aqueles bons amigos
Da época que eramos só jovens 
Desafiando os perigos
Daquele fim de tarde

Muitos rostos eu vejo na hora do adeus
Tenho a postura firme
Que Deus proteja os meus
Quero que aquele bom presságio se confirme

A incessante espera por mais um feriado
A saudade cada vez mais forte
E aquele churrasco já está combinado
Talvez eu seja um cara de sorte

Então eu cresço com meus erros e acertos
Nem pareço mais aquele garoto
Parece que já sou capaz
De encontrar a minha própria paz.

Autor(a): Ueina Clara M. Martinez





segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Renato II



O escuro que chegou
é da mesma cor que seus olhos castanhos..
E o sol que tinha ido já voltou
Desvendando seus caminhos tão estranhos
Teu legado é o que restou

Você diz que me entende
mas nunca quis saber...
Enquanto eu tento esconder
Esse meu medo
Essa angústia que não é segredo.

E eu sei, quase sem querer
Que os bons, jovens terão de morrer
Mas ainda terei você aqui
Meu coração tem sempre a porta aberta
A sua verdade é o que me liberta.


E na ânsia de agradar o teu ego
Deixo aqui meu amor e meu protesto
Descontente com o resto
Nos versos me apego
A maldade é o que detesto.

Enquanto buscamos a perfeição
O abrigo e a proteção
Parecemos não ter pra onde ir
E nem porque fugir
É tamanha suspeição.

Quem irá saber o que você pensou?
Ou o que você sentiu?
Quantas vezes chorou?
Ou quantas vezes mentiu?
Você nunca mais voltou...

Me diga:
Quem é o inimigo?
Quem é você?
Será que sou seu amigo, 
ou não sei o que ser?

E agora talvez você saiba
O gosto amargo que tem a morte
E agora talvez em ti caiba
Aquilo que lhe faça forte
A bússola aponta para o norte...

Vejo estátuas e paredes pintadas
Sinto os aromas adocicados
Escuto os sons da madrugada
Todos meus sentidos cobiçados
Me sinto enfim despreocupada...

Autor(a): Ueina Clara M. Martinez